A DINAMARCA VAI INTRODUZIR O RECRUTAMENTO OBRIGATÓRIO DE MULHERES PARA O SERVIÇO MILITAR
A Dinamarca vai introduzir o recrutamento obrigatório de mulheres para o serviço militar, tornando-se o terceiro país na Europa a fazê-lo.
O ministro da Defesa dinamarquês afirmou que esse recrutamento mais robusto, incluindo a plena igualdade de gênero, deve contribuir para resolver os desafios da defesa nacional.
Anteriormente, as mulheres podiam apenas ser voluntárias para o serviço militar, mas agora elas também serão obrigadas a participar.
Além disso, o período de serviço militar obrigatório será estendido de quatro para onze meses, tanto para homens quanto para mulheres. A Dinamarca está reforçando suas Forças Armadas e investindo em sistemas de defesa aérea, enquanto mantém seu compromisso com a paz e a estabilidade internacional.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, destacou que o objetivo não é buscar guerra, mas sim evitar conflitos em um mundo onde a ordem internacional está sendo desafiada. Essa medida representa um passo significativo em direção à igualdade de gênero nas forças militares do país.
Dinamarca introduz recrutamento obrigatório de mulheres para o serviço militar
“Um recrutamento mais robusto, incluindo a plena igualdade de género, deve contribuir para resolver os desafios da defesa, a mobilização nacional e o efectivo das nossas forças armadas”, alegou o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, numa conferência de imprensa citada pelo jornal Político.
A Dinamarca passa a ser o terceiro país da Europa a introduzir o recrutamento feminino obrigatório – depois da Noruega (em 2015) e da Suécia (em 2017) – alterando o actual sistema em que as mulheres apenas podiam ser voluntárias para o serviço militar. O serviço militar na Dinamarca já é obrigatório para homens com mais de 18 anos, que reforçam o Exercito composto por 7000 a 9000 efectivos, excluindo os recrutas em formação básica.
O Governo anunciou igualmente que vai alargar o período de serviço militar obrigatório de quatro para 11 meses, tanto para mulheres como para homens. Ao mesmo tempo, está previsto um reforço de investimento em sistemas de defesa aérea, embora o Governo dinamarquês explique que isso não significa uma alteração significativa no posicionamento geoestratégico do país.
A Dinamarca e um dos países membros fundadores da NATO e tem sido um dos aliados europeus mais activos no apoio a Kiev na resistência à invasão russa iniciada em Fevereiro de 2022, sendo um dos poucos países que fornecem caças F-16 à Ucrânia. No ano passado, a Dinamarca gastou cerca de 1,4% do Produto Interno Bruto em defesa, abaixo das metas definidas pela Aliança Atlântica, mas já se comprometeu em aumentar os seus gastos neste sector em 5,4 mil milhões de euros ao longo dos próximos cinco anos, para atingir esse objectivo…
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